quinta-feira, 1 de julho de 2010

O encanto nostálgico de Toy Story 3

Dos mesmos criadores de Procurando Nemo, Ratatouille e do vencedor do Oscar 2009 de melhor animação, Up Altas Aventuras, o terceiro filme da série Toy Story resgata a postura saudosista que estimulou o primeiro filme. Dos estúdios Walt Disney Pictures e Pixar Animation, a animação - a primeira computadorizada da história do cinema - foi idealizada por John Lasseter, que se baseou nos seus brinquedos de infância. Proposta nostálgica desde a criação.
E quem não se identificou com Andy desde o primeiro filme? Pois bem, quem é da minha geração e tinha a mesma idade do dono de Woody e Buzz Lightyear quando o Toy Story 1 foi lançado, também vai se identificar com o terceiro filme! Andy agora tem 17 anos e está prestes a ingressar na faculdade - que lá nos Estados Unidos, normalmente é longe do seu estado (incrível como os jovens de lá só querem cursos que não têm próximo às suas cidades). Falta de criatividade de diretores americanos à parte, Andy está mais velho, não toca nos brinquedos há quase dez anos. Todos eles se encontram esquecidos dentro de um baú. Andy somos nós, prestes a tomar uma decisão que talvez já tenhamos tomado: jogar os brinquedos fora. Como desde o início o enredo gira em torno de Woody e Buzz, teimamos em não aceitar que os bonecos sejam deixados de lado. Diferentemente do que fizemos nas nossas vidas reais.
O Filme
A primeira cena já mostra a sua proposta saudosista: cenas de Andy, ainda criança, brincando com todos os seus brinquedos. É a mãe do garoto vendo fitas, lembrando e se emocionando diante da despedida do filho, que viajará em três dias.
Os brinquedos ouvem tudo e tentam, sem sucesso, fazer com que seu dono volte a brincar com eles. Desmotivados, só aguardam a despedida. O único que parece não desistir é Woody, o que "nunca abandona seu companheiro". Molly - a irmã de Andy, aquela bebê que aparece nos primeiros filmes - está entrando na pré-adolescência e também deixou alguns brinquedos, como a Barbie, de lado. E, com a viagem de Andy, Molly vai "se mudar" para o quarto do irmão. Aproveitando toda essa arrumação e desarrumação de quartos, a mãe deles aproveitou para exigir que os brinquedos fossem doados para Sunnyside, a creche do bairro.
Entre desentendimentos, indignação, heroísmo, informações falsas, armadilhas, flertes inesperados, brigas e muitas aventuras, os personagens nos proporcionam muitos risos. Destaco as transformações de Buzz Lightyear para as versões "maligna" e latina; e a participação de Ken, o mais marcante dos novos personagens. O "namorado da Barbie" se destaca por ser um personagem cujas piadas que o cercam não são infantis. É um humor mais próximo do adulto, envolvendo carência afetiva e uma subentendida dúvida sobre a sua sexualidade, advinda da visão adulta sobre o Ken.
"O tempo passa, as crianças envelhecem. Os brinquedos também. Os interesses mudam, mas a memória fica. Toy Story poderia permanecer congelado, repetindo, aventuras sen considerar o momento dos envolvidos. Seria lucratico, mas não o faria especial. portanto, assista e prepare o lenço. É difícil não se emocionar ao fim da sessão."(Francisco Russo, de adorocinema.com)


Sobre a versão 3D do filme, eu não posso falar muito, pois não assisti. Mas conheço algumas pessoas que assistiram e reclamaram. Disseram que não vale a pena, porque o que deveria "vir para frente" não vem. Ou seja, você quase R$ 5,00 paga mais caro por nada, visto que nem os óculos você leva de lembrança. Mas quem quiser assistir, as sessões em 3D são estão sendo exibidas nos Shoppings Center Recife e no Shopping Guararapes.

Classificação: livre
Shopping Recife (3207 0000)
Preços: Segundas, Terças e Quintas-feiras: R$ 14,00/ 7,00; Quartas-feiras: R$ 10,00/ 5,00; Sextas-feiras, Sábados, Domingos e feriados: R$ 17,00/ 8,50.
Plaza Shopping Casa Forte (3265 8100)
Preços: Segundas, Terças e Quintas-feiras: R$ 14,00/ 7,00; Quartas-feiras: R$ 10,00/ 5,00; Sextas-feiras, Sábados, Domingos e feriados: R$ 18,00/ 9,00.
Shopping Boa Vista (3483 3001)
Preços: Segundas, Terças e Quintas-feiras: R$ 11,00/ 5,50 (até as 17h) e 13,00/ 6,50 (após as 17h); Quartas-feiras: R$ 10,00/ 5,00; Sextas-feiras, Sábados, Domingos e feriados: R$ 15,00/ 7,50.
Shopping Tacaruna (3412 6600 ou 3421 6600)
Preços: Segundas, Terças e Quintas-feiras: R$ 14,00/ 7,00; Quartas-feiras: R$ 10,00/ 5,00; Sextas-feiras, Sábados, Domingos e feriados: R$ 12,00/ 6,00 (até as 14:55h) e R$ 15,00/ 7,50 (após as 15h).
Shopping Guararapes (3207 1212)
Preços: Segundas e Quartas-feiras: R$ 9,00/ 4,50; Terças e Quintas-feiras: R$ 11,00/ 5,50 (até as 17h) e R$ 13,00/ 6,50 (após as 17h); Sextas-feiras, Sábados e Domingos: R$ 14,00/ 7,00 (até as 17h) e R$ 16,00/ 8,00 (após as 17h).

5 comentários:

  1. A primeira vez que fui ao cinema foi pra ver Toy Story.... [ou Mulan?] enfim
    ahuahiuashaiushs..

    tem como mudar meu voto da enquete ao lado? rs
    :*

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  2. eeii ! gosteeii do teu blog...
    essa do toy stroy hahaha ! ameii... eu gosto de toy story...(eu acho) taah , mas em fiim.... to seguindo... segue eu tmb ...

    bjs

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  3. Engraçado como certas músicas, programas, filmes ou séries nos acompanham no tempo. Parece que enquanto crescíamos - e inclusive enquanto jogávamos fora nossos brinquedos e sinais de infância - o Andy cresceu também. Talvez por isso nos identifiquemos tanto com o contexto desse terceiro filme: a faculdade, as novas escolhas, o esquecimento de coisas que, por melhores que tenham sido, precisam às vezes ser deixadas pra trás. Levando-se em consideração a perspectiva tirada do olhar dos brinquedos, sofremos com eles. E daí a nostalgia, a saudade e, bem.. alguma culpa junto. Gostei do enredo, gostei do desenvolvimento, gostei da animação. Dispensaria o 3D, porque assisti assim e não vi diferenças que valessem a pena.
    -
    Acrescento: embora a sala estivesse lotada de crianças para ver mais um desenho, o envolvimento com Toy Story é (com justiça) muito maior por parte de quem tem nossa idade. Afinal, fomos com Andy, Woody e Buzz do começo até aqui. Não resito: ao infinito, e além :D

    p.s.: senti muita falta da Betty, que puxava o cawboy com sua vara de pastora!

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  4. Abstraia o tamanho do comentário anterior.

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  5. HAHA, eu adorei, Lari. Aprofundou na filosofia nostálgica do filme. E também senti falta da Betty. O que aconteceu com ela?

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